quarta-feira, 25 de maio de 2016

- Porque não tentamos compreendermo-nos a nós mesmos?







Parece que estamos acostumados a agir de acordo com uma consciência confusa...

As nossas rotinas diárias transformam-se em anos de vida...

Uma vida inteira, com uma espécie de refeição diária: imitação, comparação, repetição, avaliação, julgamento, condenação, temores, culpa, sofrimento, angústia, confusão...

 Todos estes factos, revelam e são a manifestação da nossa desordem interior...

Uma vida inteira de rituais, formalidades, procedimentos, que tornam a nossa mente, a nossa consciência mecânica e indolente...
Esta é a nossa existência...
A "existência" que legamos aos nossos próprios descendentes...


Porque aceitamos tão passivamente essa forma de existência? Por preguiça de pensar, de refletir, ou preguiça de "viver", efetivamente?


Quando nos isolamos "do mundo, lá fora", em busca de segurança...
Agarramo-nos, uma vez mais, a uma ilusão...

A vida é, na verdade, "impermanência"...

***

Parece que todos nós elegemos metas, objetivos de vida: sucesso, dinheiro, sustento, segurança física e psicológica...

 Alguns atingem estas metas...

 Mas, de facto, ricos ou pobres, eruditos ou com menos estudos, todos sofrem, todos padecem de ansiedade, de dor, de medo (medo da vida, da morte, da doença, da velhice, da morte...) e de angústia...


E é de estranhar que, convivendo diariamente com a nossa consciência, não façamos perguntas, diretamente, sobre nós mesmos...

Porque não tentamos compreendermo-nos a nós mesmos?


Parece que vivemos ausentes de quem somos e do que somos...
E lá continuamos a viver num mundo de ilusão e "de faz de conta": faz de conta que estamos "bem"; faz de conta que "não se passa nada"; "faz de conta", "faz de conta", "faz de conta"...


***

A vida acontece, apenas, no presente...
Acontece no "agora"...

 Pergunto: 
- Como podemos enamorarmo-nos pela própria vida?

 - Até quando, seremos capazes de viver ausentes de quem somos, ou do que somos?

«Portugal é o país da Europa com a taxa de depressão mais elevada e o segundo no mundo (só ultrapassado pelos Estados Unidos da América);
A depressão é uma doença com elevada prevalência – em Portugal pelo menos 8% da população geral encontra-se afetada em cada ano;
400 000 portugueses – estimativa do número de portugueses entre os 18 e os 65 anos que sofrem de depressão por ano;
A maior causa de suicídio é a depressão (em 70% dos casos);
(...)
A nível mundial, a depressão é já a 1ª causa principal de anos vividos com incapacidade.»
Fonte: http://eulutocontraadepressao.eutimia.pt/depressao-em-port…/


Maria João V.

25.05.2016

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