terça-feira, 13 de dezembro de 2016

«- Que stress o Natal!»


 Nos últimos dias tenho ouvido, uma e outra vez, aqui e ali, esta afirmação:
 - “Que stress o Natal!”.

Obviamente, tal afirmação só pode estar associada a um “Natal-comercial”, essa espécie de moda a que a nossa sociedade aderiu e que se expressa numa certa compulsão para a aquisição de bens materiais destinados a presentear, nesta quadra Natalícia, familiares e amigos e onde se tende, também, a privilegiar/premiar aqueles que mais se ama, ou por quem se nutre um especial respeito ou carinho, ofertando-lhes (dentro das possibilidades de cada um) os melhores  presentes, por relação aos demais.


Mas, façamos, aqui, uma pausa.


- Será que existe, neste mundo, algum bem, alguma coisa material que possa, verdadeiramente, traduzir, expressar, representar ou intermediar, o amor/afeto que cada um sente, pelo outro?


No Natal celebramos o nascimento de Jesus Cristo. E Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis, quando chegou a este mundo mostrou-nos o caminho: fez-se menino, um pedacinho de carne e de gente, inocente, frágil, para ser recebido e tomado nos braços do amor. Porque queria ser amado, sentir-se amado.

Por isso, não poderia ter chegado a este mundo de forma diferente. É que, Deus é amor. Vive onde existe amor. E “amar” é o seu verbo, o seu ensinamento.

O Natal é, essencialmente e, em primeiro lugar, a celebração do mistério da infância, da inocência e do amor. Por isso, é o tempo do “renascimento”, da mudança e da transformação interior. 

É o tempo de fazermos regressar a nossa alma de criança que, ao longo do tempo, fomos amordaçando e amortalhando por detrás das nossas “máscaras da importância”, dos nossos rótulos, dos nossos títulos, dos objetos que possuímos e dos cartões de crédito. 

E é absolutamente necessário ressuscitar a criança que fomos, para podermos olhar a vida e o mundo com esperança e alegria.

Celebrar o Natal é simples. Basta que nos tornemos simples.

Na verdade, receber um abraço afetuoso, um beijinho, um gesto sincero de amor e de ternura, fá-lo-á sentir bem melhor e mais feliz, do que receber qualquer presente.

Para celebrar o Natal seja simples e ame, simplesmente.

Deus, Pai Todo Poderoso, abeirou-se, de nós, como um ser “pequenino”, fazendo-se menino, porque queria ser amado. 

Poderão os homens conhecer a Deus e aproximar-se de Deus por um caminho diferente?


É, preciso, que nos tornemos humildes e “pequeninos” para compreender o Natal, a vida e, nela, todas as coisas…


Artigo publicado a fls. 6 do n.º 99 do Jornal Daqui, Mafra, com data de  14 de dezembro de 2016 - http://www.jornaldaqui.com.pt/


E, aproveito o ensejo, para vos desejar umas BOAS FESTAS e um FELIZ NATAL!

Maria João Vitorino

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

- VII CONGRESSO NACIONAL DE REIKI - «SER FELIZ? » - O que te prende?



VII CONGRESSO NACIONAL DE REIKI
Escola Superior de Tecnologia da Saúde
Lisboa




Realizou-se no passado dia 29 de Outubro de 2016,
 na Escola Superior de Tecnologia da Saúde, em Lisboa, 
o VII Congresso Nacional de Reiki

Este evento foi organizado pela Associação Portuguesa de Reiki:
 http://www.associacaoportuguesadereiki.com/congresso/

E, nele, compareceram cerca de 400 pessoas.

Foram oradores, a saber: 

- Anabela Ventura (Investigadora em Neurociências na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com o tema: “Reiki como intenção à distancia pode influenciar a mente?” e Valter Jacinto (Voluntariado Ambulatório - Reiki como intenção à distancia pode influenciar a mente?);
- Johnny De' Carli (Mestre de Reiki e Autor com o tema: “As outras ciências de Mikao Usui (II)”;
- Pamela Miles (Mestre de Reiki – EUA, que apresentou, também, um Workshop, sob o tema: “Sistema de Equilíbrio em 4 passos ao comunicar sobre Reiki”
- Carmen Cid (Mestre de Reiki – Espanha, que apresentou o tema: “Reiki, a energía e os códigos numéricos”
- Diana Pinheiro (Especialista de MTC - Medicina Tradicional Chinesa, com o tema: “Alimentação saudável: Amplie a sua energia, estabilize emoções.”
- Juliana De' Carli, que apresentou o tema: Ho' Oponopono - Técnica do Ho’ Oponopono em complemento ao Reiki;
Sofia Dias  (Estudo académico – “A Estimulação Sensorial na Demência.”;
Joana Barradas, que apresentou uma peça de teatro zen  e, 
- Maria João Vitorino (Comissão Nacional de Ética para a Terapia Reiki), com o tema: “Cinco princípios para uma Vida Feliz.”

E, nos Workshop's:

- Ricardo Garé (Reiki para Animais Brasil- Os Princípios do Reiki nos animais, o que eles têm para nos ensinar);
- Eva Pets (Reiki para Animais - Os Princípios do Reiki nos animais, o que eles têm para nos ensinar); 
- Carla Brito (Coordenadora de Reiki para Animais Lisboa - A experiência do voluntariado em Reiki Animal);
- Fátima Cunha Velho (Reiki para Animais -Técnicas de tratamento de Reiki para Animais); e
- Olívia Morais Pimentel (Reiki para Cavalos).


  ***

Partilho, aqui, sumariamente, alguns dos registos de imagens retirados da página do facebook da Associação Portuguesa de Reiki (em http://www.associacaoportuguesadereiki.com/reiki/reiki-em-portugal/2016/10/31/vii-congresso-nacional-reiki-partilha-convivio-experienciae, ainda, da apresentação, em PPT, que foi, ali, levada a efeito, sob o título:



«CINCO PRINCÍPIOS DE REIKI PARA UMA VIDA FELIZ»








:



























 














Ser feliz? 

«O que é que te prende?»

***

Sublinho a mensagem mais genuína
 e profunda, proferida pelo Mestre Mikao Usui:

 "Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade."

 Reiki é o "portal de entrada" para si mesmo, 
para quem é,
 para a fonte da própria vida...

Tudo começa em si...
Você é tudo!A "luz" é interior...
 É a "luz da compreensão" ...

Refletir, por si mesmo, 
é tão necessário...
Comece, mesmo, pelo princípio e vai ver, que irá longe...





Muito grata à Direção da A.P.R. pela possibilidade de estar, ali, presente.


Muito obrigado a todos quantos assistiram ao Congresso e a esta apresentação.

Muito obrigado pelos abraços, pelas lágrimas, pelos comentários.

Todos, estivemos, ali, no púlpito.
Juntos, de mãos dadas, 
o tempo, 
fez-se, ali, "presente"...


Um mui afetuoso abraço.
Maria João Vitorino




quarta-feira, 14 de setembro de 2016

- Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki


Pese embora muito se fale de Reiki e este seja, cada vez mais, apreciado e praticado no nosso País e em todo o mundo, certo é, que nem todas as pessoas se apresentam, ainda, suficientemente esclarecidas, acerca do que é, verdadeiramente, o Reiki.
Recentemente, contou-me uma pessoa amiga que, estando sentada no jardim de um parque público de uma cidade do nosso País, não pode deixar de ouvir este diálogo (que reproduzo, seguidamente), entre duas Senhoras que, por ali, caminhavam:
«- Reiki? O que é isso? – Perguntou uma delas.
«- Ah! Não sabes?» – Questionou a segunda Senhora, dirigindo-se à primeira – «Reiki é uma religião japonesa!» – Respondeu, de forma convicta.
Bem, na sequência desta resposta, havemos de concluir que, em vez de uma pessoa mal informada acerca do que é o Reiki, temos, agora, duas pessoas mal informadas e estas, por sua vez, hão de continuar a reproduzir informação errada, acerca do que é o Reiki, a outras pessoas.

Impõe-se, pois, a verdade e o esclarecimento.

Diz o nosso povo que: “o saber não ocupa lugar”.
Mas, ocupa, sim.
O saber ocupa o lugar da ignorância…

O Reiki é, ou não é, uma “religião japonesa”?

Visando o efetivo esclarecimento, devemos começar por procurar a própria definição da palavra “religião”. E, a fls., 3138, do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, do Instituto António Houaiss de Lexicografia Portugal, Tomo VI, Ed. do Círculo de Leitores, 2002, encontramos a sua definição:
«1. culto prestado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal 2 conjunto de dogmas e práticas próprias de uma confissão religiosa 3 a manifestação desse tipo de crença por meio de doutrinas e rituais próprios 4 crença, devoção, piedade 5 reverência às coisas sagradas (…)»
Ora, tendo em conta a definição supra reproduzida podemos afirmar, clara e expressamente, sem evasivas, nem reservas, que o Reiki não é, a nenhum título, uma “religião”.
Na verdade, no Reiki, tal como o conhecemos e praticamos:
– Não se adoram divindades;
– Não se apela a qualquer sistema de “crenças” num ente supremo (e mais: não é preciso acreditar nos efeitos do Reiki, para que estes se produzam; nem se utilizam no Reiki quaisquer processos de sugestão psicológica ou de efeito placebo);
– E não se professam dogmas, nem práticas próprias de uma confissão religiosa.
Religiões japonesas, adiantar-se-á, são nomeadamente: o xintoísmo, o budismo e o cristianismo, entre outras. Mas o Reiki – reitera-se – não é uma religião.

É preciso: «Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki.»

E, permitam-me, aqui, dizer o seguinte: para sermos, verdadeiramente, sérios e honestos para connosco mesmos e nos nossos relacionamentos com os outros, devemos, antes de emitirmos uma opinião acerca de qualquer assunto que não conhecemos bem, procurar informação, junto de fontes fidedignas. Caso contrário, se não estamos aptos para expressar uma opinião ou conhecimento consistente e claro, devemos, simplesmente, silenciarmo-nos ou admitir que não sabemos. É, esta a conduta que devemos exigir, uns dos outros. É simples e não custa nada.
Na prossecução das suas atribuições, a “Monte Kurama – Associação Portuguesa de Reiki” – que existe, desde o ano de 2008 – tem contribuído com o seu labor e dedicação, para o esclarecimento e informação públicos, acerca do que é, e do que, não é, o Reiki.
Esta associação de direito civil, criou no ano de 2015, a “Comissão Nacional de Ética para a Terapia Reiki” (abreviadamente conhecida por C.N.E.T.R.), com o objetivo de, entre outras competências, levar a efeito ações de esclarecimento público.
Um dos lemas adotados por esta comissão é, precisamente, aquele que utilizei para dar título a este artigo, e que é da autoria – sublinho – da C.N.E.T.R.: «Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki.»
No Reiki, como em qualquer área da vida, é preciso que, todos, sejamos muito sérios, honestos e rigorosos. E, para podermos colocar tudo no sítio certo, é preciso ver o verdadeiro, como verdadeiro e o falso, como falso, sem artifícios, nem reservas mentais.
De facto, nos dias que correm – e atente-se – nem tudo aquilo a que se chama Reiki é, na verdade, Reiki. Por isso, mesmo, o esclarecimento e a informação, impõem-se sobremaneira.


O que é, a final, o Reiki?


Se procurar, vai encontrar, decerto, muitas definições.
Deixo-lhe, aqui, contudo, esta definição: Reiki é uma terapêutica complementar e integrativa, de origem japonesa, integrada no âmbito das terapias holísticas e bio energéticas, que baseando-se no conceito oriental de energia vital, funciona através da imposição das mãos, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio vital de quem dela beneficia e promover a sua saúde, bem estar e harmonia.
Ou melhor e como o definia o seu fundador: o Mestre Mikao Usui (1865-1926):
«O Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade.»

De forma, ainda, mais simples e compreensível: Reiki é uma prática de saúde e uma filosofia de vida.
É que, para além das técnicas e ensinamentos ministrados nos vários níveis de formação, que lhe permitirão aprender, desde logo, a tratar de si mesmo e de outras pessoas, o Reiki propõe, também, aos seus praticantes uma mudança de consciência, uma nova perspetiva de vida, uma nova forma de viver expressa em cinco princípios:
«Apenas, hoje, sou calmo, confio, sou grato, trabalho honestamente e sou bondoso.»

Mas, deve saber, em abono da verdade, que o Reiki não é considerado uma “prática terapêutica não convencional”, na definição dada pela Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto.

Adiante-se, ainda que, a aprendizagem do Reiki é simples.

Mas, embora possamos aprender e até compreender os princípios de Reiki, com relativa facilidade (ao nível verbal e intelectual), não é, contudo, muito fácil cumpri-los (de corpo, mente, alma e coração)…
Todavia e independentemente de qualquer ideia, ou opinião, que tenha acerca do Reiki, este atua e os seus efeitos fazem-se sentir, quer acredite, ou não.
Neste contexto, se se permitir desfrutar de uma sessão de tratamento, deixe de parte as suas opiniões e conclusões. Elas são flagrantemente limitativas.
Mais: os “pré-juízos” e “ideias preconcebidas”, negar-lhe-ão, indubitavelmente e à partida, a possibilidade de usufruir de uma enorme sensação de paz e de relaxamento, tão necessários para o bem estar de cada um.

Usufruir do estado de saúde, constitui um dos direitos fundamentais de todo o ser humano.

E, sublinho: a “saúde” não consiste, apenas, na ausência de doenças ou de enfermidades. A saúde, traduz-se, nada mais, nada menos, do que: por um estado de completo bem-estar físico, mental, emocional e social.
E é este “estado de bem estar”, que o Reiki lhe poderá proporcionar.
Pessoalmente, experimentei Reiki, fiz formação em Reiki, pratico-o e recomendo-o, também, a si.
Se despendeu o seu tempo de vida a ler este artigo é porque, decerto tem interesse neste tema.
Seja, como for, aceite um conselho: se tiver dúvidas esclareça-as junto de fontes fidedignas, acedendo, nomeadamente, à página da Associação Portuguesa deReiki, onde poderá encontrar toda a informação que necessita e dilucidar todas as suas dúvidas.
Texto: Maria João Vitorino

Este artigo foi publicitado na Revista "O Praticante" em http://www.opraticante.pt/esclarecer-informar-devolver-reiki/ 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

- REIKI: "...quanto mais avançares, mais sensível te tornarás..."





Reiki é simples.
Mas difícil é ser tão simples...

"...quanto mais avançares, mais sensível te tornarás..."

E como é importante recuperarmos a sensibilidade...
A sensibilidade de ser sensível a tudo...
Ver, ouvir e sentir, intensa e apaixonadamente a vida em si
 e de estar, verdadeiramente, presente em todas as coisas:
 no relacionamento humano, 
no relacionamento com o pensamento e com as ideias...
No relacionamento com a natureza e com todos os seres vivos...

Mas, nesta sociedade tendemos a perder a sensibilidade...
E, sem ela, perdemo-nos de nós mesmos...

Não somos sensíveis à nossa própria existência...
Nunca refletimos sobre nós, mesmos...
Não sabemos quem somos...

Não conhecemos nada acerca da natureza dos nossos próprios processos
 de pensar, de sentir, de agir,
de "SER"...

Sem nos conhecermos a nós mesmos: 

- Como podemos, verdadeiramente, compreender a energia harmonizadora do Reiki?

Como poderemos, verdadeiramente compreender?Se a  nossa própria "casa",
A nossa própria "morada",
permanece na escuridão? Vivemos no exterior de nós mesmos,
Seguindo, imitando padrões, Cultivando o apego e a dependência,

E quedando absolutamente impreparados,
para a vida, 
para a doença, 
para o envelhecimento, 
e para a morte…

Vivemos nas palavras e nas teorias.
E, no relacionamento humano, escutamos os outros, 
com as nossas próprias opiniões e conclusões...

Vivemos no exterior de nós mesmos,
interpretando as sombras que passam,
à luz dos ilusórios sentidos,
Sob o véu da nossa própria ignorância...

Talvez, por isso, encontremos tanta “coisa falsa”, por aí!

E é preciso que vejamos o verdadeiro, como verdadeiro
 e o falso, como falso.
É preciso que nos devolvamos à verdade!

É preciso que nos devolvamos a nós mesmos e
 que resgatemos a nossa sensibilidade e lucidez.

Sem pensamento claro,
 semeamos o equívoco  e o conflito humanos…

E é tão preciso que reencontremos o caminho para a nossa própria casa…
E que o façamos sem desperdiçar um só momento…

- "No final, só restará o "SER" ele mesmo."

Mas...quem, restará, para o compreender?

Apenas, hoje, honestamente, reflito...


06.09.2016
Maria João V.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

- Na verdade, não desejamos compreendermo-nos a nós mesmos...



Apenas, hoje, "pratique": "autoconhecimento", refletindo.
A crise atual é, essencialmente, uma crise interna, interior...
Numa sociedade que se desmorona...

O que é que se desmorona, a final?
Nós!
Cada um de nós.
Eu e você.
A sociedade somos nós...

Cada um perdendo-se, mais e mais, de si mesmo...
Cada um, a cada vez, mais desconfiado, martirizado, torturado, pelos "problemas" da vida, pelas dificuldades (manifestas) no relacionamento humano...

Cada um, mais fragmentado do que o outro...
E, quantas vezes, ouvimos os “nossos” familiares e amigos, em jeito de desabafo, dizer:
«- Estou tão cansado…de tudo, da vida…»
E, acredite, que quando o ouve, essa pessoa que lhe é querida, está mesmo, no seu limite.

O livro da vida, a "nossa história" fala-nos de violência: "Homens, contra Homens"; dificuldades de relacionamento; competição, busca de prestígio, sucesso, ambição, ansiedade, sofrimento, dor, suicídio, agonia, morte...

O livro da vida, conta-nos a nossa história e de como nos separámos – e continuamos a separar – uns dos outros, por fronteiras, por famílias, por religiões, por sistemas económicos, etc.…

Separados de quem somos e do “próximo”, lá continuamos, diariamente, a viver como seres “alienados,

Distraídos da própria existência...

Vivendo tristes, taciturnos, refletindo, em pequenos nadas, a agrura e a “infelicidade”…
Não nos falam as estatísticas dos "aposentados da vida"...
Mas, eles existem.
Oh! Como existem.
 
Deixámos de refletir acerca de nós mesmos…
Não nos compreendemos,
Não nos conhecemos,

Na verdade, não desejamos compreendermo-nos a nós mesmos...

Desejamos que "outros" o façam por nós, e – já agora -  que nos ensinem, depois, como fazê-lo, para alcançar a almejada paz interior...
 A final, fomos condicionados, formatados para “consumir”, para copiar, para seguir:
«- Diga-me, como fazer?»
«Pergunte-me como!»
 Se outros lhe disserem o que deve fazer para alcançar a serenidade e a paz, é muito mais fácil, não é?

Assim, não tem de se esforçar.
Verdade?
E lá, vamos, alegres e contentes, à procura de uma espécie de "panaceia universal"...

Mas, ninguém pode ensiná-lo a conhecer-se a si mesmo e aos seus próprios processos de agir, sentir e de pensar...
Reconhece essa verdade, não é?
Sem autoconhecimento, sem se conhecer a si mesmo, não poderá compreender a "realidade", nem a vida, nem a morte...

E nunca estará, ou se sentirá preparado, para viver inteiro, plenamente...
 Limitar-se-á, uma vida inteira, a seguir, atrás dos outros...

É preciso que se compreenda a si mesmo.
Que se empenhe nesse processo, uma vida inteira, se necessário for...
Questione, indague, reflita.

O pensamento claro, lúcido e verdadeiro, sem fugas da realidade e do que “é”, ou não “é”, revelar-lhe-ão uma nova perceção da vida: em harmonia.

E se todos o fizermos, juntos, prestaremos o mais importante contributo para um mundo melhor!

Porque a crise é interna.
Ocorre no interior de cada ser humano…

Apenas, hoje, reflito...

Maria João Vitorino

02.09.2016


https://www.facebook.com/events/264312243961535/


sábado, 27 de agosto de 2016

- Quem, de entre nós, poderá, honestamente, afirmar, ser capaz de viver lúcida e conscientemente, no presente?

"Reflexão" e "autoconhecimento", não constituem - ao que parece - expressões verbais muito apelativas na nossa sociedade ...
Não chamam a atenção de todos.
Chamam, apenas, a atenção de alguns, poucos, até, dir-se-ia.

"O tempo" (que já, por si, é curto) escasseia, para "essas coisas"!
- Pois, não há tempo, não é?
 Concordo.
 A vida de cada um está sempre cheia de "coisas para fazer".
Umas mais importantes, outras menos.
Não há tempo para pausas, para intervalos, para pensarmos por nós mesmos, sozinhos, connosco, mesmos.
E "essas coisas para fazer", hão de durar uma vida inteira...
Uma vida inteira, sem tempo, para si mesmo...
Uma vida inteira sem refletir para além do superficial.
Uma vida inteira, dia após dia, a cumprir os  velhos rituais: levantar, comer, trabalhar, comer, filhos, pais, família, comer, dormir...
Uma vida inteira, sem tempo, para contemplar, para além do superficial, a nossa própria existência...

É curioso…
É curioso, como tantas vezes, nos refugiamos nas "coisas para fazer", para evitar enfrentar a vida, tal como ela "é".

Consciente ou inconscientemente, evitamos enfrentar a "realidade" tal como ela se nos apresenta...
Mas, ao mesmo tempo, a cada dia: tecemos mil sonhos e desejos, estabelecemos metas, anseios e expectativas...
E, em cada sonho, em cada desejo, ou anseio: há uma viagem para o “além”, uma viagem para o futuro...em boa verdade, para o "nada", porque o futuro, ainda não é real e, apenas - diz o povo - a Deus pertence…
E, veja bem: em cada sonho, em cada desejo, ideal ou anseio: uma fuga.
A fuga do hoje, do aqui e agora: do presente...

E a história repete-se a cada novo dia, todos os dias...
Uma vida "preenchida", porque cheia de "ocupações", mas vazia...
Porque, só é possível viver "no presente", onde existe, verdadeiramente, aquilo que "é".

- Quem, de entre nós, poderá, honestamente, afirmar, ser capaz de viver lúcida e conscientemente, no presente?

Ainda que, conheçamos todas as teorias, tenhamos lido todos os livros e até  consultado todos os "Mestres", Santos e/ou gurus, continuamos a ser, cada um de nós, no "hoje", no "aqui" e "agora", o "resultado do passado", moldados, condicionados, pelas nossas próprias vivências, experiências, mágoas, alegrias, tradições e padrões sociais, religiosos e culturais.

É o passado que se manifesta a cada dia, em cada uma das nossas atitudes, gestos e reações.
E, perante cada novo facto da vida: a automática reação da memória. A reação do nosso velho pensamento, moldado, condicionado, por sucessivas gerações...

O mesmo velho pensamento, cujo dono, nunca teve tempo para refletir...
Cujo dono, nunca teve "tempo" para se conhecer a si mesmo...
E que, volvidos 30, 40, 50, 60, 70 anos, continua à procura da paz e da felicidade...
Que não conseguiu ter, como pretenderia...

Como poderemos continuar a viver assim?
Como poderemos continuar a seguir esse velho pensamento,"vivendo", a cada novo dia,  no exterior de nós mesmos, em teorias e palavras ocas e vazias?

Reflexão e autoconhecimento, são necessários para compreender a sua própria existência...

Quem procura a "Luz", a "iluminação" fora de si mesmo, nos livros, nas teorias, nos intérpretes, ou intermediários da vida, é quase certo que, jamais a encontrará...

Apenas, hoje, honestamente, reflito...

Malveira, 27.08.2016

Maria João Vitorino


 Dia 17 de setembro de 2016 - «Reiki Mawashi e Reflexões Sobre o Autoconhecimento» em https://www.facebook.com/events/264312243961535/

segunda-feira, 13 de junho de 2016

- Sem a simplicidade dos simples, sem a luz da compreensão, o “Reiki” torna-se, apenas, uma palavra...uma espécie de “ilusão”, para onde a mente pode, uma vez mais, fugir...



«O Reiki é simples.
Mas, conseguiremos, ainda, compreender o que é “ser simples”?»


Aqueles que não conhecem, em si, a simplicidade, 
não compreenderão o que é ser simples...

Aqueles que não buscam a "luz da compreensão",
não compreendem,
nem poderão, sem essa simplicidade,
compreender...

Aquele que não empreendeu a viagem ao interior de si mesmo
 não pode ser simples,
 nem pode compreender...

Aquele que não procura,
 em si e por si mesmo, a verdade de todas as coisas
 e permanece “vivo” através das vestes das crenças e dos ideais,
esquecendo-se de si mesmo,
não pode ser simples e,
 não pode compreender a simplicidade…

Aquele que se limita a repetir e a reproduzir 
os ensinamentos e as técnicas que aprende nos livros e/ou nas formações,
não é, nem pode ser simples…

Sem a simplicidade dos simples
 sem a luz da compreensão,
o “Reiki” torna-se, apenas, uma palavra,
um símbolo, uma "crença", uma "técnica",
uma espécie de “ilusão”,
para onde a mente pode,
 uma vez mais, fugir...

Reiki é simples…
E, por ser tão simples,
muitos podem falar e escrever sobre Reiki,
Mas, nem todos podem compreendê-lo…

Para compreender o que é o Reiki,
é preciso, em primeiro lugar,
que nos devolvamos, profundamente, a nós mesmos,
muito para além das camadas superficiais da consciência…

Para compreender o que é o Reiki,
É preciso parar para refletir durante muito, muito tempo,
Para além do próprio tempo,
Lá, onde reside a eternidade e o "ser".


Para compreender o que é o Reiki,
É preciso, questionar, investigar todas as coisas,
formular todas as perguntas, libertos do desejo ou da expetativa,
 de encontrar todas as respostas...

Para compreender o que é o Reiki,
É preciso conquistar a liberdade de "ser", 
É preciso conquistar a liberdade de pensar por si mesmo,

Para compreender o que é o Reiki,
É preciso que, cada um,
tenha uma relação "direta" com a sua própria existência.
Porque nenhum mediador,
 nenhum intérprete,
nenhum intermediário,
pode ensinar-lhe o caminho para si mesmo…

Só aquele que é simples,
Só aquele que tem uma mente simples,
 pode compreender a vida e a morte,

Só aquele que é simples,
Pode compreender o que é a verdade,
e o  que é real,

Em boa verdade, a mente que está cheia de palavras,
de técnicas, de rituais, de dogmas, de crenças e
 de todo o tipo de informações, não é, nem pode ser, simples...

O Reiki é simples.

Mas, podem os seres humanos com as suas mentes confusas, 
condicionadas, reprimidas, magoadas,
compreender, verdadeiramente,
o que é o Reiki?

Quem, de entre nós, pode dizer que é, verdadeiramente,
"simples", se não se conhece a si mesmo?


Quem “é”, a final, aquele que se diz simples?


Apenas, hoje, reflito, um pouco mais...

Mafra, 13 de junho de 2016

Maria João Vitorino

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