quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

- BUSCAR O SILÊNCIO E A PAZ, PARA ALÉM DAS LUZES DAS MONTRAS…






O último mês do ano, traz-me a nostalgia do tempo que vivi, das memórias dos que partiram, de tudo quanto ficou por dizer, de tudo quanto ficou por viver.

Em boa verdade, vivemos pouco e de forma acelerada.

O homem moderno vive o seu dia a dia, reproduzindo o que fez no dia anterior, sem entusiasmo, nem paixão, cumprindo rotinas que sabe de cor: levanta-se, trabalha, ocupando, tantas vezes, o seu tempo, fazendo o que não gosta, com gestos automáticos, conversas de circunstância, reproduzindo palavras que são dos outros e que, por serem tão usadas, se tornaram ocas, vazias, estéreis.

Somos uma sociedade permissiva, que aceita tudo, a maior parte das vezes, sem questionar, sem sequer pensar.

Poucas são as pessoas que expressam um verdadeiro pensamento pessoal ou que se permitem expressar os seus sentimentos, genuína e humanamente.

Vivemos uma vida de ruídos, luzes, vozes altas e gritos, esvaziando-nos e atordoando-nos, automatizados, num processo evidente e gradual de perda de energia física e anímica.

E pior que tudo isso, sem termos consciência dessa grave enfermidade…

Acostumados, como estamos a ver montras, televisão, internet, e outras mil distrações, esquecemo-nos de nós próprios, e aqui estamos, agora, observando o mundo que criámos…

Somos chegados ao mês de dezembro é, pois, tempo de comemorar o Natal, com verdadeiro espírito natalício. É chegado o tempo de partilha, de doação e de AMOR.

A redenção, a mudança, a salvação do mundo começa no próprio coração.

Não é preciso que vistamos as vestes do asceta, mas é preciso que paremos e nos ofereçamos o silêncio, para que possamos ouvir o bater do nosso próprio coração, e nele, o pulsar da vida.

É preciso que estejamos conscientes de que temos alma e que esta é mais importante do que o dinheiro, bens, ou automóveis que possuímos ou que almejamos vir a possuir.

É preciso que busquemos o silêncio, para além das luzes das montras e do rufar dos tambores, para que, finalmente, nos reencontremos a nós próprios.

As coisas mais importantes da vida acontecem no silêncio: o nascimento, o sono, o sonho, até a morte, que um dia há de, inevitavelmente, chegar com pezinhos de lã.

Diz um adágio árabe que: “A árvore do silêncio, dá o fruto da paz.”

Foi no silêncio, há muitos séculos atrás que, um dia, Jesus Cristo, filho de Deus, veio ao mundo, sem ruídos, nem arautos, nem tambores.

E, convictamente, creio, que naquele momento, imperou na Terra, e nos Céus, o maior de todos os silêncios…

O momento em que Deus, feito homem, através do seu filho, pronunciou a maior sentença do mundo: o Amor e o Perdão.

Se pudéssemos, um dia, assistir àquele sublime momento, decerto compreenderíamos, com a alma, o significado e o valor da vida, do Amor, da humildade e do silêncio…

Por tudo isto e porque está vivo, não se esqueça, nesta quadra natalícia, de que basta erguer a cabeça para descobrir a luz do Sol, o céu azul e as estrelas.

Ame-se, sorria e derrame afeto, compreensão e amor ao seu redor.

Porque é, agora, chegada a hora de alguém falar de amor, como uma coisa possível e realizável.

Desejo-lhe, um excelente Natal, repleto de bênçãos.

Um abraço.

Maria João Vitorino

 ***
Nota: Este artigo foi publicado no Jornal Daqui (Mafra), edição nº 63 de 10 de Dezembro 2014 disponível em http://www.jornaldaqui.com.pt/

sábado, 29 de novembro de 2014

REIKI MAWASHI






Quem já experienciou uma sessão de Reiki ministrada por um só praticante/terapeuta pode testemunhar a sensação de relaxamento, serenidade, bem estar e harmonia, nos mais variados níveis (físico, mental, emocional e espiritual) de que se beneficia.

Imagine, agora, que num determinado dia, vários praticantes de Reiki decidem voluntariar-se e juntar-se para, de mãos dadas, e de alma e coração, canalizarem energia universal em prole de si próprios e de quem mais precisa…

Consegue imaginar a força, o sublime “poder”, os efeitos benéficos, elevados exponencialmente, dessa energia, ininterrupta, canalizada através da união entre os seres humanos?

Consegue sentir o poder que emana do coração dos Homens quando vibram na dimensão do AMOR?

Consegue imaginar o poder que advém da união dos pensamentos, dos sentimentos, das energias, da sintonia espiritual elevada de cada participante?

Já intuiu ou sentiu, alguma vez, ainda que de forma mitigada, uma certa «consciência de unidade» entre os seres humanos?

Se sim, então fixe o seu pensamento, nesse momento…e sinta, disfrute dessa sensação…

Agora, por favor, imagine, visualize-se a si mesmo, integrando uma roda, um círculo (à imagem dos círculos tribais), de mãos dadas com pessoas que não conhece, mas com as quais, se sente protegido, seguro, amado, integrado…

Reencontrando em cada troca de olhares um bom amigo, um familiar querido…

Pessoas tão iguais a si que, olhando-as... sentindo-as, crê ver nelas um reflexo de si mesmo…

Elas são a sua tribo, a sua raça…

Todos, e cada um per si, representantes cósmicos da Humanidade…

Consegue sentir a identificação e integração com o “todo”?

Pois bem, de mãos dadas, vibrando na unidade, para além de todas as diferenças que cultivamos a cada dia, o círculo Mawashi, permite-nos experienciar e sentir, profundamente, a integração no grupo, na natureza e com todas as formas de vida, gerando incontestável harmonia e vibração sintonizada.

O círculo Mawashi é um “espaço” onde acontece a vibração e manifestação do amor, da paz, da cura e da luz.

Cada um dos elementos que compõe o grupo será beneficiado por essa poderosa e intensa corrente de energia de luz e de Amor.

Cada um de nós irá, de mãos dadas, canalizar e receber Reiki.

Esta energia poderosa, tem o poder de libertar-nos de doenças, do medo, da insegurança, de tensões, frustrações, raiva, preocupações, ansiedades, emoções negativas, tristeza e desespero.

Intenso e profundo, assim é, na verdade o Reiki Mawashi.
O círculo Mawashi é uma representação da energia universal…

De facto, sem dogmas, sem qualquer disciplina de autoridade, no Reiki Mawashi, permitimo-nos estar presentes para, simplesmente “SER”…

E porque não havemos de ser tão simples como as crianças?

Permita-se, após um círculo de Reiki Mawashi, abraçar e ser abraçado, sem interrogações, sem reservas, sem pré juízos, interpretações, julgamentos ou condenações.

E se, como acontece, tantas vezes, se permitir verter algumas lágrimas, é porque é, apenas, humano…

Todos o somos, todos choramos e sofremos, cada um à sua maneira.

Em boa verdade, só quem muito chorou tem os olhos mais límpidos e cristalinos, para ver onde os outros não veem…
 
O círculo Mawashi é um círculo vivo, que pulsa e desperta em cada ser humano o reconhecimento da sua verdadeira essência e do seu universo interior.

Antes de darmos início ao Reiki Mawashi conversamos, muitas vezes, sobre um qualquer tema relacionado com a existência humana e o auto conhecimento.

Partilhamos histórias de vida com o Reiki.

E faz-nos tão bem!

E depois, no final, acalentados, suavizados, quando sentimos que foram preenchidos todos os "vazios", sabe tão bem uma fatia de bolo… “REIKI” (é claro)!

Permita-me, agora, dirigir-me a si…
Sim, a si mesmo…

Se, eventualmente, se sente de, alguma forma, perdido, no turbilhão da sua vida, por favor, não corra mais.

Não adianta criar mais desorientação, correndo em todos os sentidos, procurando, indagando, aqui e ali, por soluções miraculosas.

Pare.
É tempo de pensar em si…

Quem sabe, a experiência de vivenciar um Reiki Mawashi, não lhe permite ajudá-lo a clarificar a sua mente, a tranquilizar o seu coração e quiçá, ajudá-lo a  desbloquear qualquer situação que esteja a enfrentar?
Reiki é a energia do Amor. 
E só o AMOR cura…

Vamos quedar-nos de mãos dadas?
O Círculo é aberto a pessoas com e sem formação em Reiki.

Apenas, hoje, confie.


Um abraço.

Venda do Pinheiro, 29 de Novembro de 2014

Maria João Vitorino

Nota: Caso deseje participar no circulo de Reiki Mawashi, por favor, agradeço que se  inscreva, porquanto, a sala tem uma capacidade limitada a um determinado numero de lugares.
BEM HAJAM!











segunda-feira, 20 de outubro de 2014

- ÀS «CRIANÇAS DAS ESTRELAS»: O MEU MUITO OBRIGADO!



«Só é possível ensinar as crianças a amar, amando-as.»
Johann Goethe




Ontem, dia 18 de outubro de 2014, levei a efeito, pela primeira vez, um Curso de Iniciação ao Reiki para crianças entre os 7 e os 11 anos de idade.

Este não foi, apenas, um curso…
Foi um reencontro.
Foi VIDA em todo o seu esplendor!

Hoje, nesta manhã de domingo registo aqui, para que perdure, o sentimento da minha alma, colhido dessa bênção, dessa dádiva maravilhosa de poder ver e sentir o mundo e a vida, através dos olhos das crianças:

Sabem, aquela sensação de quando nos sentimos extraordinariamente felizes e em harmonia com a vida e com tudo o que está ao nosso redor?

Quando sentimos que habitamos aquele “ponto” de consciência que parece reproduzir-se fisicamente no nosso coração, num inefável bater de asas de borboletas?

Conhecem, certamente, aquela sensação de êxtase que parece elevar-nos para mais perto do céu, mas que, ao mesmo tempo, nos deixa surpreendentemente conscientes, presentes e religados a tudo quanto existe?

Assim, como se, por um qualquer “passe de mágica”, nos tivesse sido permitido tocar o céu com o coração, para além de todos os véus?

É que, ontem, à tarde, abri as portas do Céu,
E tive um encontro absolutamente inolvidável com a energia das estrelas...

Pequenos anjos vieram até mim para me visitar…
Lindos, serenos, de sorrisos doces e cândidos…
Ah! E se pudessem ver os seus olhos…
Transbordando de luz,
Mesclados com o brilho das estrelas…
Enormes, profundos…
Como se neles coubessem todos os mistérios da vida humana,
E os pequenos anjos, sentados, ou em pé, observavam,
Curiosos,
Insaciáveis,
Infatigáveis,
Registando cada imagem,
Absorvendo a energia de cada palavra,
De cada gesto,
De cada expressão facial,

Ontem, a vida manifestou-se, perante mim,
Em toda a sua simplicidade e pureza,
Como se o céu tivesse descido à Terra,
Ou, cada um de nós existisse, agora, numa dimensão supra física,

Ontem, tive um dia extraordinário e “encantado”…
É que, é tão maravilhosamente simples ver o mundo, através da alma e dos olhos das crianças…

Ontem, passei a tarde com anjos,
Com estrelas multicolores,
Brincadeiras de luz e de cor,
Desenhos, alegria, partilha, abraços,
E muito, muito AMOR.

De mãos postas, como que em oração,
Meditámos juntos,
Subimos ao nosso quarto do sótão,
Esse quarto encantado,
Onde mais ninguém pode entrar…
E ali, construímos um templo de meditação,
Para estarmos connosco próprios,

Ouvimos histórias maravilhosas,
Brincámos e sentimos a energia ki do nosso corpo,
E seguindo o pensamento,
Redescobrimos as nossas mãos,
E nelas, esses dez dedos anõezinhos,
Bem amigos uns dos outros,
Que sempre se unem para cuidar de nós…e dos que necessitarem da nossa ajuda.

Depois, abrindo as asas,
de mãos dadas,
E sorrindo felizes,
Esvoaçámos até esse lugar do Universo,
Lá, onde nasce o SOL e a LUZ,

Percorremos as cores do arco-íris,
Subindo e descendo, repetidamente,
Descobrindo os mais magníficos tesouros de luz e de cor,


E, quando, numa pausa, nos entreolhámos uns, aos outros,
Sorrimos…
E sorrimos, porque, percebemos a final…
que somos moldados com as cores e a energia do arco íris
Somos filhos das estrelas,
Todos iguais, todos irmãos,
Singela poeira cósmica universal…


Falámos dos chacras, essas rodas de luz que vibram em cada um de nós,
E de como, através deles, nos ligamos à energia universal (REI),
Tocámos-lhes, com as nossas mãos,
Sentimo-los,
Aprendemos a alimentá-los e a nutri-los com os alimentos das suas cores,
Aprendemos a mimá-los e a harmonizá-los,


E aprendemos, também, que se tratarmos deles todos os dias, iluminamos o nosso corpo, mente e emoções.
E quando nos sentirmos bem no nosso coração,
Somos capazes de ajudar outras pessoas a iluminarem-se,
Para que, todos juntos, reaprendamos a ser felizes
E a partilhar essa alegria,
De luz e de cor.

E como foi maravilhoso, ver os anjos, cuidando, com as suas mãos, uns dos outros…
As crianças das estrelas mostrando o seu saber, o seu entusiasmo e vigor…

Não menos importante, foi recordar que o medo só existe onde não existe o Amor,
E que não devemos preocupar-nos, nem zangarmo-nos,
Porque cravamos pregos no nosso coração,
E a nossa aura muda de cor,

Queremos ser bondosos, honestos gratos à VIDA!


E finalmente, percebemos todos,
Que a VIDA existe em nós em todo o seu esplendor
E VESTE  AS CORES DO ARCO-ÍRIS…

Se as quisermos ver…

Queridos Anjos, mui adoradas «crianças das estrelas», como vos disse:
- Vocês são TÃO especiais!
- Vão!
- Corram!
-  E pela vossa vida fora, distribuam AMOR e HARMONIA, na forma de um sorriso e de um abraço, que todos gostarão de receber!

 ***

« Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse:
- Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe.»
Mateus 18:2-5

 ***

Venda do Pinheiro, 19 de outubro de 2014
Maria João Vitorino











Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.        

sábado, 11 de outubro de 2014

- «REIKI – UMA PRÁTICA DE SAÚDE E FILOSOFIA DE VIDA»



«Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade»
(Mikao Usui)

Nos últimos anos temos assistido ao aumento progressivo da prática do Reiki em Portugal e no mundo.

Por toda a parte se divulgam cursos, palestras ou seminários e aqui e ali, ouvimos muitas vezes, pessoas entusiasmadas partilhar os seus testemunhos de como recuperaram das suas doenças.

Os seres humanos prestando o seu valioso e convicto testemunho acerca das suas vivências com o Reiki, são a razão do sucesso e do crescimento desta prática energética de saúde.

A técnica terapêutica Reiki existe em vários hospitais por todo o mundo, incluindo em Portugal, tendo sido reconhecida nomeadamente por diminuir o tempo de internamento, o uso de analgésicos, as complicações infeciosas e pós-operatórias dos pacientes, na ajuda de transplantes e doenças como depressões, cancro e outras.

Devo esclarecer, desde já, que não pretendo convencê-lo dos benefícios dos efeitos do Reiki na saúde e na sua prevenção, mas apenas e tão só, levar ao seu conhecimento que esta prática terapêutica existe e pode ajudá-lo, se se permitir ser ajudado.

Porque como dizia Séneca: “É parte da cura, o desejo de ser curado.”

Pessoalmente, não estaria a escrever sobre Reiki se não tivesse, eu própria, recuperado de um problema de saúde que em termos de prognóstico clínico, seria irreversível.

Explicar o que é o Reiki e compreendê-lo não é fácil…
Mas, é fácil percecionar e sentir os seus efeitos. Por isso sugiro-lhe que experiencie uma sessão de Reiki, com alguém que saiba está, efetivamente, habilitado a fazê-lo.

O Mestre Mikao Usui (1865-1926) que redescobriu e estruturou o Reiki como sistema de cura, afirmava o seguinte:
«O Reiki, caminho tão difícil de compreender é, porém, tão simples de sentir como o fluxo natural do céu.”

Deixar-lhe-ei, pois, por ora, breves notas sobre o que é o Reiki, indicando-lhe no final do artigo o meu endereço eletrónico, para que possamos, se o entender por bem, conversar acerca deste tema:

1. O que é o Reiki?

O Reiki é uma terapia energética de saúde, que funciona através da imposição das mãos, um sistema de auto sanação e de reequilíbrio bioenergético.
De uma forma simples, o Reiki induz ao relaxamento do corpo, mente e espírito, criando as condições para que, de forma natural e não invasiva, o próprio corpo se robusteça (resgatando as capacidades biológicas de auto cura) e possa prevenir a saúde e reagir à doença e suas manifestações.

O Reiki é um método de tratamento holístico (“holos” vem do grego e significa “todo”) que olha e trata o Homem como um todo, isto é, um ser inteiro com corpo, mente e emoções.

Hipócrates considerado o “Pai da Medicina” (460 a.C) proferiu uma frase que nos deve fazer refletir:
«Não existem doenças, existem homens doentes.»

As ciências médicas modernas estimam que entre 80 a 90% de todas as doenças são causadas por «stress».
E sob «stress» as atividades hormonais tornam-se aceleradas, desequilibrando todo o sistema endócrino.
Através do Reiki, convido-o a “olhar” a doença e a olhar, para si próprio(a), com “outros olhos”.

Pois, é importante que tenhamos consciência que as nossas emoções, perceções, atitudes e pensamentos afetam, profundamente, o corpo, por vezes até, drasticamente. Isto é, o corpo transforma em sintomas físicos tudo aquilo que não conseguimos expressar, sem que nos consigamos aperceber a nível consciente das verdadeiras origens das doenças.

O Reiki atua nas “causas” que estão na origem do problema, vai para além dos sintomas da doença. Com o Reiki, não é a doença ou a enfermidade que se cura, “é a própria pessoa”…

2. Em que situações pode ser utilizado?

O Reiki trata problemas de saúde física, mental e emocional e deve ser utilizado como método preventivo para assegurar a saúde e bem estar.

O Reiki não se substitui à medicina convencional, isto é: quem estiver medicamentado e a ser seguido por um médico deve, obviamente, continuar o tratamento prescrito. O Reiki, complementarmente, ajuda na eficácia de qualquer tratamento.

No Reiki não se prescrevem, nem utilizam medicamentos, nem aparelhos médicos.
Um tratamento de Reiki não inclui a utilização de quaisquer outras terapêuticas ou modalidades (como massagens, reflexologia, ou acupuntura, entre outras).
Se, eventualmente, padece de uma doença crónica e incapacitante o Reiki pode ajudar a melhorar a sua qualidade de vida.

3. O que é que o Reiki me pode oferecer?

Entre, muitos, outros benefícios: equilíbrio aos níveis físico, mental e emocional, maior clareza mental, redução do «stress»; aceleração de todos os processos biológicos de cura e expansão da consciência.

O Reiki ajuda no tratamento de problemas de saúde, tais como, por exemplo: asma, cancro, depressão, diabetes, doenças cardíacas, dermatológicas, esclerose, arteriosclerose, falta de memória, insónias, fibromialgia e problemas de coluna.

O Reiki pode fazer parte de todos os estilos de vida e ajuda-o em qualquer fase da sua vida.

4. É preciso acreditar no Reiki para obter efeitos na recuperação da saúde?

Não. Os efeitos fazem-se sentir, ainda que, quem recebe Reiki esteja desfalecido, em coma, ou até mesmo quando não saiba, ou nunca tenha ouvido falar de Reiki.
A maioria das pessoas começa a ter confiança nos efeitos deste tratamento após a primeira sessão.

5. Qual é a duração de um tratamento?

Em geral, uma sessão tem a duração de uma hora.

6. O que se sente durante ou após uma terapia?

Não há um padrão. Cada pessoa é única. Mas, em regra o Reiki proporciona um grande relaxamento, tranquilidade, serenidade, harmonia e bem estar.

Após um tratamento as pessoas sentem-se em termos físicos e mentais mais robustecidas e com mais energia para levar avante, com maior rendimento, todos os seus afazeres e práticas diárias.

7. Quem pode aprender e usar técnicas de Reiki?

É muito simples aprender a técnica do Reiki. Não há exigências de idade, nem de escolaridade.

Qualquer pessoa no pleno uso das suas capacidades físicas e mentais, pode tratar de si mesmo e das outras pessoas. A iniciação em Reiki é um caminho de “descobertas” e de mudança de vida pessoal, em direção a uma vida harmoniosa e saudável, que acontece a partir de uma vontade interior, mas que se expressa quando tocamos os outros ou somos tocados pelos outros.

8. Os cinco princípios do Reiki como filosofia de vida:

O Reiki propõe aos seus praticantes uma filosofia de vida diária e efetiva que se expressa nos seus princípios:

«Só por hoje, sou calmo, confio, sou grato, trabalho honestamente e sou bondoso.»

Email: orgone246@gmail.com


Por: Maria João Vitorino


Artigo publicado em 09.10.2014 na Revista O PRATICANTE em:

http://www.opraticante.pt/reiki-uma-pratica-de-saude-e-filosofia-de-vida/

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

- COMPREENDER A MORTE, O SOFRIMENTO E A DOR…PODE O REIKI AJUDAR?



«Bom dia, amigo
Que a paz seja contigo.
Eu vim somente dizer
Que eu te amo tanto
Que vou morrer
Amigo...

Adeus

Vinicius de Moraes


- Compreenderemos, algum dia, o quão essencial é compreender a morte?
- Para além da ilusão do conhecimento e para além de todas as idealizações, conjeturas e opiniões, o que sabemos nós, a final, acerca da morte?

- Qual será a verdadeira causa do sofrimento, após a morte?
- Será que existe alguma técnica, método, ou ritual capaz de atenuar o sofrimento e a dor da perda ou bastar-nos-á compreender a morte?
- O Reiki pode ajudar?

Quando somos confrontados com o facto e o processamos interiormente, sobrevêm muitas interrogações…
E é certo que muitas ficam, e hão de continuar a ficar, sem respostas.
Especulações, teorias e muitas opiniões existem…

Mas, entendo que é preciso que reflitamos por nós próprios, que partamos à descoberta das nossas próprias respostas…

Cada um de nós, per si, munido da sua sabedoria interior, vivências e sensações deve procurar o seu próprio caminho para tentar pacificar-se perante a ocorrência da morte dos que ama.

Mas, é preciso que conversemos acerca da morte.

A morte, faz parte da condição humana e devemos integrá-la na nossa vida, sem medos, sombras ou temores.

Somos matéria, substância, e um dia, ainda que sejamos seres “iluminados” a morte há de sobrevir. 

Pessoalmente, fui criança, cresci  e sou adulta. E ao longo da minha vida humana, nem os meus Pais, nem os Professores, nem os Sacerdotes me ensinaram nada acerca da morte, nem como enfrentar o sofrimento da perda subsequente…
Ninguém me falou acerca da morte.

O que sei que sinto, é que a palavra “morte” nos traz, inevitavelmente, o sentimento de tristeza, sofrimento, medo e dor…
Agarramo-nos ao “conhecido”, aos nossos lugares de conforto e a morte é o “desconhecido”.

E, inconscientemente, tentamos proteger-nos quer da ideia (enquanto representação mental) a que a mesma está associada, quer do próprio facto em si, afastando-nos, ao longo da nossa vida, de todas as suas formas e manifestações…

Mas, evitando o tema, evitando falar da morte, quedamo-nos absolutamente “impreparados”, vulneráveis e frágeis para, um dia, a enfrentar e aos seus efeitos e repercussões.

E todos conhecemos essa verdade irrefutável:
- Um dia, morreremos! Todos nós.


«Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade.»
William Shakespeare


Por outro lado, e com grande probabilidade havemos de confrontar-nos com a morte daqueles que amamos…


" Para todos o alvo da vida é a morte. "
Demóstenes

Um dia, inexoravelmente, a morte soberana, há de prostrar-se à nossa porta, para cumprir o seu desígnio, apoderando-se da vida daqueles que amamos…

Deixando, inevitavelmente, tombar sobre aqueles que ficam, o seu denso e soturno manto…
E a sombra do seu manto há de fazer escurecer a luz do Sol, apagar o brilho das estrelas, a luz e as cores das flores, tornar inaudíveis o chilrear e os cânticos das aves…
Porque então, para quem sofre, toda a existência se apaga…

Perante a notícia da morte daqueles que amamos, o chão cede, 
Abre-se um abismo incomensurável…
Uma espécie de “vazio” pungente e dilacerante, intraduzível por palavras, atravessa-nos o peito e as costas, como uma lança,
Cortando-nos a respiração, que é alimento da própria vida…
Tombados, aturdidos,
Volteamos sob nós mesmos,
Vagueamos numa espécie de vácuo,
Sós,
Vazios,
Suspensos «entre mundos»…
Amparados e ancorados em pálidas reminiscências do passado,
Agrilhoados às últimas imagens e palavras daquele que partiu…
Como se o passado pudesse tornar-se, de novo, presente…

Algoz implacável a soberana morte há de partir, depois, sem sequer olhar para trás.
Indiferente às lágrimas e súplicas dos que choram.
Deixando, entre nós, o registo da sua passagem e da sua presença,
Num corpo inerte, gélido, desabitado e sem dono…

E os que ficam, hão de cumprir a última vontade do ser amado: devolver o seu corpo à terra ou entregá-lo ao elemento fogo, para que receba um último abraço.

Os que ficam e que conhecem as manifestações da morte,
Jamais olvidarão a sua presença,
Jamais, duvidarão da sua existência…
E, saberão que, um dia, ela há de voltar…

E, é assim, por entre momentos de dor, sofrimento, num misto de lucidez e de obstinada rejeição que havemos de processar o luto e a nova realidade:
- O ser humano muito amado não voltará JAMAIS!
   E esta realidade é absolutamente irrevogável.

É neste contexto que, em regra, rendidos à impotência e à finitude da vida humana, compreendemos que a final, nada sabemos acerca da morte, nem  como enfrentá-la…
Nem sabemos como falar dela, aos nossos próprios filhos…

Pergunto-me, nesta minha reflexão, se não haverá outra forma de lidar com a “despedida” daqueles que amamos…

E penso que um dia, também eu hei de partir…
E há uma certeza que tenho.
Lá onde quer que esteja, não gostaria de assistir ao sofrimento, nem à dor dos meus próprios filhos.
Eles não merecem e eu não gostaria que quando chegassem à minha idade, formulassem as mesmas interrogações com que iniciei este texto.

Por isso, perante a morte de um familiar muito próximo, tenho refletido muito sobre este tema…

E perante o facto-morte, preocupo-me em ser, perante os meus filhos, uma espécie de  modelo, uma referência que, acredito, um dia seguirão e que por sua vez, um dia hão de transmitir aos seus próprios filhos e aos seus netos.
E, pensar nisso, dá-me alento.
Porque amo a vida, ensino-os, todos os dias a amá-la e entendo que o sofrimento na morte é absolutamente inútil.

Já nada poderemos fazer por aqueles que partiram, senão continuar a amá-los, pela eternidade, a cada memória, guardando-lhes um lugar no nosso coração e evocando-os, com amor e sorrisos.

Mas, presenciando o nosso sofrimento e dor, dou por mim a pensar que a morte de outrem nos expõe, verdadeiramente, a nós próprios: nessa sensação de perda, agonia da solidão, ansiedade e depressão.

Expõe o vazio do nosso coração, que sozinhos, não sabemos, nem conseguimos preencher…
Expõe a nossa fragilidade, o apego, a nossa dependência do outro.
E choramos e sofremos, por autopiedade:
- «Fiquei sozinho, não tenho mais ninguém…»

A morte de outrem, faz-nos constatar e perceber o nosso verdadeiro estado mental de dependência, solidão e apego que nos devem, urgentemente, fazer refletir...

Temos de, finalmente, compreender que a vida é o princípio e a morte é o fim.

E para além de uma qualquer relação de causa efeito, a existência de uma subentende a outra:
- Se há vida, a morte há de um dia sobrevir e esta só existirá na medida em que haja vida.

Perder o medo da morte é reencontrar a liberdade e resgatar a nossa mais genuína essência.

É importante que passemos a dar valor e importância àquilo que é verdadeiramente essencial: à vida e à morte, para além do medo, do sofrimento ou de qualquer reserva.

É importante que vivamos para além do ilusório e da superficialidade.

É importante que nos olhemos nos olhos e que tentemos reconhecer a nossa identidade enquanto seres humanos, porque ao contrário do que pensamos, existem muito mais semelhanças do que diferenças.

Todos conhecemos a dor e o sofrimento.

E é importante, também que conversemos, desde cedo, com as nossas crianças sobre a morte, como um acontecimento comum.
Estou convicta que, no futuro, as nossas crianças ficariam mais preparadas e menos vulneráveis à dor e ao sofrimento. E, perante a consciência da finitude da vida humana, tenderiam a querer aprender aquilo que é o mais essencial em qualquer relacionamento humano: a alegria, os afetos, a compreensão, o Amor e a compaixão.
 E, decerto, aprenderiam, também, que não há tempo a perder com aquilo que não é essencial…

Porque de cada vez que deixamos de enfrentar os factos da vida real, apenas, adiamos o sofrimento.

Lidar e falar acerca da morte deveria ser tão banal, como olhar o céu azul ou observar as 
estrelas, ou o movimento do dia e da noite.

Mas, este tema, há-de sugerir-nos muitas outras reflexões...

Aqui e agora, se tivesse de sugerir-vos um meio para minimizar o sofrimento e a dor inerentes a uma perda, aconselhar-vos-ia, sem qualquer hesitação, a prática do Reiki.

O Reiki ajuda na transição de todas as fases da vida, incluindo em situações de doenças terminais e no processo de luto.

Fazer auto tratamentos de Reiki ou submeter-nos a sessões de Reiki, ajuda-nos a equilibrar o corpo físico, a mente, os sentimentos e as emoções, permitindo-nos lidar com maior suavidade com as situações de perda dos nossos entes queridos e com todos os atos subsequentes que sempre se impõem.

O Reiki induz ao relaxamento, à tranquilidade e serenidade.

No início do tratamento ajuda no libertar da tensão e de eventuais bloqueios, facilita o fluir das emoções e alivia o processo de luto e sofrimento inerente.


***

Um dia quando a VIDA não couber mais dentro deste templo que, agora, habito
Devolvam o meu corpo à Mãe Terra, que sabem, tanto amei.
Foi ela quem me alimentou e nutriu a minha vida inteira,
E me abençoou a cada primavera com os frutos do nosso jardim
 e o sorriso, a luz e as cores das flores.
Vivi e fui muito feliz.
A minha vida foi, e é, um milagre, todos os dias.
Por tudo isso, quando eu morrer,
recordem-me a sorrir, ou não me recordem…”


Até breve!
Um abraço.
Venda do Pinheiro, 06 outubro de 2014
Maria João Vitorino










Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.         

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