domingo, 22 de abril de 2012

- SÓ, POR HOJE, SOU GRATO E GENTIL - As palavras de gratidão constituem expressão da vibração da sua alma…





Todos, de uma forma ou de outra, gostamos de abraçar causas sociais e somos até, um povo solidário e amigo de ajudar o próximo, especialmente, em situações de emergência ou de calamidade pública.

Todavia, no nosso dia a dia, somos tantas vezes, desagradavelmente surpreendidos, por ação, ou por omissão, com atitudes (ou ausência delas) e reações “desencantadas” de algumas pessoas…
E, cada um de nós, elo humano da urbe ou comunidade em que vivemos, também, inconsciente ou insensivelmente, participamos, uma ou outra vez, desse mesmo «desencanto».

É, pois, urgente que cada um de nós recupere e faça uso de palavras de cortesia e de agradecimento que, afinal, todos conhecemos e que, com elas, e através delas, consigamos diminuir os fossos da competitividade e fazer ceder os muros que, teimosamente, erguemos e que, apenas contribuem para nos isolar, inexplicavelmente, uns dos outros.

Ontem, numa superfície comercial da zona onde habito, observei, enquanto aguardava, na fila da caixa do supermercado, a reação de algumas pessoas à abordagem de duas voluntárias que, instaladas no local, com uma banca, educadamente, as tentavam sensibilizar para ajudarem na luta contra o cancro infantil - “Espalha este sorriso” e para a doação de medula (“ser dador não dá dor, dá vida”), divulgando a Associação Inês Botelho (associação sem fins lucrativos), que constitui uma homenagem à menina que faleceu, com 12 anos, com leucemia e a todas as crianças que, por tal motivo, têm de abdicar da sua infância.

Assisti, então, a reações “desencantadas” - e que penso, muitos voluntários enfrentam – o que, com alguma tristeza, registei.

Perante a abordagem das referidas voluntárias, a maior parte das pessoas, reagiam:
- rejeitando qualquer abordagem;
- afastando-se, tentando passar o mais longe possível;
- apressando o passo, de olhos no chão, manifestando a sua falta de disponibilidade;
- “repelindo”, bruscamente, os desdobráveis que lhes eram estendidos, com uma cara de fastio…

As referidas voluntárias, cientes e conscientes do desígnio a que, ali, se propunham, aguentaram, estoicamente, e com uma enorme educação – saliento - as reações mais inusitadas.

É verdade que, diariamente, somos abordados, na rua ou em grandes ou pequenos espaços comerciais, por pessoas que nos pedem auxílio, ou por voluntários, que tentam sensibilizar-nos a contribuir, economicamente, a favor das suas necessidades ou causas sociais.

E é verdade, também, que pecuniariamente, não conseguimos (infelizmente) contribuir para ajudar todas as pessoas, ou todas as causas.

Todavia, podemos e devemos, ser afáveis, corteses e educados.

 Expressões, ou afirmações, tais como: «obrigada», «perdão», «desculpe-me», «com licença», «por favor», «bom dia», «boa tarde» «boa noite» «desculpe, por ora não é oportuno» não foram abolidas do Dicionário com o novo Acordo Ortográfico, nem da língua portuguesa.

Essas singelas palavras «mágicas» e «encantadas», que todos apreciamos, quer sejam pronunciadas ou auscultadas, transmitem-nos, instantaneamente, um sentimento de satisfação e bem estar porque criam, interiormente, um campo de vibração subtil que se eleva e difunde, operando uma verdadeira ressonância energética ao nosso redor

E, certamente, no momento em que profere essas palavras, quem as escuta, sustentará o seu olhar e sentirá uma inevitável vontade de retribuir as suas palavras com a mesma educação e simpatia.

A gentileza é, por definição: delicadeza, amabilidade, cortesia, educação e respeito. E os gestos e atitudes mais comuns que a expressam são: ajudar, agradecer, saudar, pedir desculpas.

« A gentileza faz com que o homem pareça exteriormente, como deveria ser interiormente.»(Jean de la Bruyére)

Quem semeia cortesia, colhe amizade, e quem planta amabilidade, colhe amor”.

As palavras de gratidão e de respeito têm, pois, um enorme poder e constituem expressão da vibração da alma e do seu Eu interior.

As palavras de agradecimento e de cortesia, são uma espécie de “mantras” que, quando proferidas com sinceridade e regularidade, acabarão por trazer-lhe tranquilidade e serenidade.

Afinal, todos nós somos seres humanos…

E, cada gesto, cada palavra, cada atitude nossa, pode ajudar a contribuir para um Mundo melhor.

E, não custa nada…
«Não é preciso entrar para a história para fazer um mundo melhor

«Só por hoje, expresso a minha gratidão.»
«Só por hoje, sou gentil com os outros

(Princípios do Reiki)

“Não façais aos outros aquilo que não quereis que vos façam.”

“Esta é a suma do dever:
não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dor” 
(Hinduísmo)

“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles.”- 
(Jesus no Sermão da Montanha(Mt. 7, 12)


Sintam-se, afetuosamente, abraçados.
Bem Hajam.

Venda do Pinheiro, 22 de abril de 2012
Maria João Vitorino

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