domingo, 29 de janeiro de 2012

- Afinal, o que é um “reikiano”?

Reikiano é uma pessoa que, depois de iniciada em Reiki por um Mestre habilitado, fica, por sua vez, habilitado a aplicar Reiki em todo e qualquer ser vivo.



Reiki nada mais é do que a canalização de energia universal através da imposição das mãos do Reikiano, isto é, um sistema de energia utilizado para a harmonização psíquica e cura física.



O Reiki promove o bem-estar, acalma e alivia a dor, acelera a cura física e após a iniciação não pode ser retirado ao Reikiano.

Não se consegue “desfazer” a iniciação.



No 1.º Nível de Reiki um Reikiano aprende as posições de reiki para auto-tratamento e tratamento aos outros, que vai poder utilizar, desde então e pelo resto da sua vida.



Apenas o tempo de aplicação de Reiki em cada posição do corpo depende do nível de habilitação que o reikiano detém.



Efectivamente, com o 2.º nível e o acesso a símbolos de Reiki amplia-se bastante o potencial da energia, multiplicando-a e expandindo-a.



Uma vez iniciado no Reiki, um reikiano torna-se um canal de Reiki. Pelo que, é preciso que se esclareça que quem cura não é o reikiano.



Um reikiano, após a iniciação, será reikiano para sempre. Ou seja, sempre que puser as mãos sobre o seu corpo, ou sobre o corpo de alguém, o Reiki estará ali, sendo captado e transmitido para o receptor.



O Reiki atuará sempre em si e através de si, mesmo que você o tente evitar.



Se um reikiano deixar de praticar ou de aplicar o REIKI em outras pessoas, ainda assim, continuará a ser um canal de reiki e a “captar” a energia REIKI.



Todavia, tal como um músculo, que quanto mais exercitado for, mais forte se tornará, também, o reikiano se tornará um “melhor canal” de Reiki se aplicar diária e/ou regularmente o Reiki.



Ainda que o reikiano esteja doente ou se sinta de alguma forma fragilizado física ou mentalmente, continua habilitado e apto para ser um canal de reiki e para passar a energia “Rei” para outras pessoas. Todavia, recomenda-se que não transmita Reiki aos outros quando estiver zangado, cansado, com medos ou quando a pessoa a tratar lhe for antipática…



A energia “Rei” não se desgasta, não se suspende, não é finita.



A Energia “Rei” não depende dos “rituais” utilizados pelo reikiano, nem depende da sua vontade (pois, ninguém consegue desligar esta energia…);



A Energia “Rei”, e o seu fluxo ou intensidade não depende das técnicas utilizadas, ainda que sejam propostas pelo melhor ou mais conhecido dos Professores-Mestres de Reiki.



A Energia “Rei”, é uma energia do universo, inteligente e não é, nem se confunde com a energia “ki” de quem a aplica.



As mudanças de nível no Reiki devem ser graduais, feitas paulatinamente, para que se dê a mudança interior conjunta e perfeitamente em harmonia com a evolução do REIKI que se canaliza.



Mas, porquê a iniciação em Reiki?

Cada pessoa saberá qual é o seu motivo…mas creio que a maior parte das pessoas procura a iniciação em Reiki porque está doente, deprimido ou de algum modo fragilizado e deseja atingir o bem estar ou ainda, quiçá, porque alguém lhes recomenda a prática do Reiki contando o seu próprio caso pessoal.

Outras pessoas, pretendem complementar a sua actividade profissional com o Reiki.



Cada um de nós tem o seu motivo para fazer a iniciação em Reiki. Mas, creio que se, por um mero acaso, é daquelas pessoas que possui, em casa, ou transporta consigo medicamentos para estados de ansiedade, agitação, stress, insónia, TPM, epilepsia, irritabilidade, síndrome de Pânico ou depressão, cansaço e falta de energia durante o dia, deficit de memória recente e concentração, etc., valeria a pena informar-se sobre o que é o Reiki e eventualmente, optar, ou não, pela iniciação.



A opção é sua…



Pessoalmente, acredito que todos deveriam fazer a iniciação, pelo menos no nível I, porque isso iria ajudá-lo a descobrir o caminho para um enorme e indescritível bem estar e contribuiria para, decerto, criar um mundo melhor e mais saudável.



Após cada nível, devemos tentar sentir a energia Reiki que perpassa por nós, reequilibrando o nosso “ki”, devemos “acostumar-nos” e estar atentos à sua passagem, percebendo, em cada estágio, o que muda dentro de cada um de nós. O processo de desenvolvimento do seu amigo ou amiga, não será, certamente, igual ao seu…



Por vezes, perguntam-me qual o tempo que “deve” existir entre cada um dos níveis de Reiki…e sempre respondo: - Eu, não o sei, mas você saberá e sentirá esse apelo…



«Se queremos o desenvolvimento espiritual, a prática da paciência é essencial.»

Dalai Lama



Sintam-se abraçados!

Mafra, 29 de Janeiro de 2012

Maria João Vitorino

sábado, 28 de janeiro de 2012

- “Os três pilares do Reiki” são fundamentais, segundo o Mestre Mikao Usui.



Para a aplicação do Reiki, três técnicas denominadas “Os três pilares do Reiki” são fundamentais, segundo o Mestre Mikao Usui:

1.ª - GASSHO  (significa "duas mãos postas”) - que é uma meditação cuja finalidade é esvaziar e acalmar a nossa mente no sentido de “deixar o canal livre” fortalecendo a nossa conexão com a energia Reiki;
Mikao Usui chamava a essa técnica o primeiro pilar do Reiki e praticava-a duas vezes ao dia.
Aliás, no memorial ao Mestre Usui, consta o seguinte:
"de manhã e à noite, sente-se na posição gassho e repita os princípios do reiki em voz alta no seu coração. “

2.ª - REIJI-HO -  é uma "oração" para trazer a energia Reiki para dentro de nós.

3.ª - CHIRYO - que caracteriza a própria sessão de Reiki.

O tipo de tratamento ensinado pelo Dr. Mikao Usui contava com a orientação interior e não com um pré-determinado conjunto de posições de mãos.

Deste modo, cada tratamento é único, como cada ser humano é único e singular e focaliza aquilo que o cliente precisa para se harmonizar.

Após a aplicação do Reiji-ho, continue a seguir sua orientação interior, permitindo-se ser guiado e tratando todos os lugares do corpo ou da aura que ache necessário.

Durante uma sessão de Reiki permita-se entrar num estado de relaxamento e apenas sinta a energia Reiki...por forma a tornar-se uno com essa mesma energia do reiki…

Sintam-se abraçados!

Maria João

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

- REIKI E ESPIRITISMO


«O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.
Pode-se defini-lo assim:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.»Allan Kardec


Encontramos, por vezes, referências feitas ao “Reiki e Espiritismo” ou ao “Espiritismo e Reiki” e constatamos que há quem defenda que o Espiritismo e Reiki podem pacificamente “coexistir”, enquanto outros, ao invés, perfilham o entendimento de que quem pratica espiritismo não pode ser praticante de Reiki (e/ou vice-versa).

E dei, por mim, a questionar qual será o fundamento de tais afirmações…sendo que, pessoalmente e durante toda a minha formação em Reiki (Usui Shiki Ryoho e Karuna Ki), nenhum dos meus Professores-Mestres fez qualquer referência, ou reparo, nem mesmo qualquer alusão, a uma pretensa associação ou incompatibilidade entre o Reiki e o Espiritismo.

Sendo que, embora tenha um imenso respeito pela Doutrina Espírita e por Allan Kardec que a codificou, sendo autor de várias obras sobre o tema: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo O Espiritismo, O Céu e o Inferno e  A Génese, certo é que – e confesso a minha ignorância  – conheço muito pouco os seus princípios...

Sabendo, como sei, que o Reiki não é nenhuma doutrina, nem professa nenhuma religião, perguntei-me, o que se entende, afinal, por “Espiritismo”?

Procurei uma definição no “Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, da Federação Espírita Brasileira e encontrei a pág.s 15 a seguinte afirmação:

"Para se designarem coisas novas são precisos termos novos...(…) Os vocábulos espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida...(…)  ...o espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém, que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos de referir-nos, os termos espírita e espiritismo...".
(…)
«Diremos, pois, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível. »


Ora, feito o cotejo desta definição com a “definição” do que é o Reiki, há-de concluir-se, como concluo, que o Reiki não tem, por princípio, as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível.


Reiki é, tão só, uma terapia oriental (japonesa), de saúde, que é aplicada através da imposição das mãos e que “grosso modo” pode definir-se como “Energia Vital Universal”.


A definição de Reiki dada pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é a seguinte:
«REIKI |râiqui|
(palavra japonesa, pelo inglês)
s. m.
s. m.
Terapia de origem japonesa, realizada por imposição das mãos, baseada numa teoria de canalização e equilíbrio energéticos.»


Ou, ainda, de acordo com a definição da Wikipédia (a enciclopédia livre):

 «Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei) através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde

Pessoalmente e perante as definições encontradas, afigura-se-me, que Espiritismo e Reiki são, em boa verdade, realidades distintas.
                                                                               

No plano fáctico, quem perfilha a Doutrina Espírita, ou necessita de auxílio espiritual, encaminhar-se-á para um Centro Espírita, onde poderá colocar os seus problemas, solicitar auxílio de ordem espiritual, ou simplesmente conversar, trocar ideias ou esclarecer dúvidas sobre o Espiritismo.


Por outro lado, quem procura um tratamento de Reiki, fá-lo, certamente, por questões de saúde física, mental ou emocional, procurando obter, através do seu reequilíbrio energético, bem estar e relaxamento profundo.

Não existindo, no plano dos princípios, e salvo melhor opinião, relação entre os princípios ou filosofia do Reiki e os princípios da Doutrina Espírita (desta última, nomeadamente, a crença em Deus, a imortalidade da alma e a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação, a pluralidade dos Mundos Habitados).

Contudo, situações existem, em que praticantes de Reiki que não são Espíritas, nem perfilham a Doutrina Espírita, acedem, mentalmente, durante um tratamento de Reiki, a informação intuitiva ou psíquica relacionada com seres do “mundo invisível”.  Pergunto-me, ainda, assim, se perante a definição de Espiritismo supra referida, se poderá falar, nesses casos em “Espiritismo”…?
Pessoalmente, creio que não.

Todavia, bem gostaria de lançar aqui o “repto” e de ouvir as vossas opiniões – sempre bem vindas – sobre este tema, que reputo de interesse. Para tanto, gostaria que expressassem as vossas opiniões e, partilhassem eventuais casos pessoais, através do email referenciado na página do blog.

Destarte, não vislumbro a razão, pela qual, alguém tenha de fazer uma opção entre o Espiritismo e o Reiki, dado que, ambos constituem realidades distintas.

Saliento que quer o Reiki, quer o Espiritismo, existem “per sie merecem o maior respeito por parte de todos nós.

Sintam-se abraçados!

Maria João Vitorino
16 jan 2012




domingo, 15 de janeiro de 2012

- Olhemos as nossas mãos… sintamo-las… no Reiki as nossas mãos adquirem vida própria…




As mãos, fazem parte de nós, calejadas do trabalho, enrugadas, ásperas ou macias, as nossas mãos, para além de serem uma forma de expressão, manifestam, verdadeiramente quem somos e como somos...

As mãos e o que fazemos com elas, podem fazer a diferença na nossa vida e nos nossos relacionamentos…

As mãos, definem-nos, expressam a nossa identidade…

As mãos, abençoam, oram, abraçam, cuidam, brincam, afagam, pedem perdão, consolam, enxugam as lágrimas, alimentam, ajudam, aplaudem, mas, também, podem provocar dor, matar…


Existem mãos, mais ou menos reservadas, que espelham a personalidade dos seres humanos de que fazem parte…o seu eu…

As mãos, ainda, que não se elevem em criativas pantominas são perenes aliadas de uma alma criativa…

As mãos, expressam sentimentos e emoções…escrevem comédias, dramas ou maravilhosas histórias de amor; pintam, desenham, decoram, compõem melodias, baladas e com elas se operam instrumentos musicais, fazem-se bailados, acrobacias e extraordinárias coreografias …

As mãos, tal como os olhos, são o “espelho da alma” e a expressão dos sentimentos do nosso coração

Mas, no Reiki…as Mãos …adquirem vida própria…pois, o Reiki é uma energia inteligente…

No Reiki é através das mãos… que, nós humanos, canalizamos Energia Vital Universal para outros seres vivos.

No Reiki, a energia fluirá assim que o praticante posicionar as suas mãos : “Hands On. Reiki On”… J

No Reiki o praticante não necessita de ter habilidades de cura, nem de fazer afirmações ou mentalizações para fortalecer a capacidade de canalizar uma ordem superior de cura.

De facto, não raras vezes, durante uma sessão de Reiki, o praticante sente as suas próprias mãos “deslizarem” (sem que haja um qualquer controle mental), como se estas soubessem, exactamente, em que partes do corpo se devem posicionar.

Um praticante de Reiki não é um “curador”…no Reiki o ego cede perante a supremacia da Energia Vital … e reposiciona-nos como pessoas…

Um praticante de Reiki é um mero canal, um veículo de canalização… porque, no Reiki o promotor do bem estar e da cura é a Energia Vital Universal

E nenhum esforço físico é exigido ao praticante, exceto o de posicionar as mãos, para canalizar a energia de cura.

E é simplesmente assim: com a devida sintonização, a energia vital universal flui para o praticante, que através das suas mãos, transmitirá a outrem a cura, o alívio e um imenso bem estar.

Temos, pois, literalmente, nas nossas mãos, a capacidade de melhorar a vida dos outros e a nossa própria vida.

“Aquilo que pedimos aos céus, na maioria das vezes,
 encontra-se nas nossas mãos.”


Muito provavelmente as mãos foram o primeiro instrumento de cura, e é certo que, ainda hoje, instintivamente e sem pensar, todos nós levamos as nossas mãos para as zonas doridas do corpo.

Embora o Reiki possa ser aplicado sem contacto direto, o toque das mãos é extraordinariamente importante, pois tem um efeito tranquilizador para quem o recebe, pelo que, mesmo sabendo que existem pessoas que não gostam de ser tocadas, recomendo-o, sempre que seja possível a sua aplicação.

James Prescott, Neurofisiologista do National Institute of Child Health and Human Development, afirma:
Os psicólogos denominam de privação materno-social várias condutas social e emocionalmente anormais, decorrentes de carência de cuidados ternos e amorosos. Estou convencido de que estas carências são causadas por um único tipo de privação sensorial: privação de contatos somatosensoriais. Proveniente da palavra grega que designa corpo – somatos – e termo privação somato-sensorial se refere às sensações de contato e de movimento corporal que diferem do sentimento da visão, da audição, do olfato e do gosto.
Creio que as privações do toque interpessoal, do contato e do movimento são as causas básicas de boa quantidade de transtornos emocionais, que incluem os comportamentos autistas e depressivos, a hiperatividade, as perversões sexuais, o abuso de drogas, a violência e a agressividade.”

Este e outros estudos, demonstram, com meridiana evidência como é essencial e imprescindível o contato humano.


Hipócrates, considerado o pai da medicina moderna, declarou:

acreditado por doutores experientes que o calor que escoa pelas mãos, ao ser aplicado ao doente, é altamente saudável.
Tem aparecido frequentemente, enquanto acalmo meus pacientes, como se houvesse uma propriedade singular em minhas mãos de puxar e tirar das áreas afetadas dores e impurezas diversas, colocando minhas mãos no local, e estendendo meus dedos.

Assim é de conhecimento de alguns instruídos que a saúde pode ser implantada no doente através de certos gestos, e através de contato, como algumas doenças podem ser transmitidas de um para outro."

Felizmente, actualmente os cuidados de saúde já são dados com mais carinho e afabilidade e diversos estudos científicos têm reconhecido a importância do “toque” enquanto meio facilitador da interacção entre o técnico de saúde e o doente e demonstram a existência de benefícios tais como: “segurança, compreensão, sinceridade,
respeito, apoio, preocupação, tranquilização, encorajamento,
desejo de ajudar e desejo de se envolver
.”


Nesses estudos, dá-se ênfase à arte e ciência de cuidar com recurso ao toque, necessária para cuidar da Pessoa de uma forma integrada. Caso tenham interesse acedam ao link infra, onde se encontra publicado um artigo sobre este tema na Revista de Enfermagem “Referência”- Unidade de Investigação em Ciências da Saúde - Enfermagem:
http://www.esenfc.pt/rr/rr/index.php?pesquisa=comunicação&id_website=3&target=DetalhesArtigo&id_artigo=2097


Felizmente, assistimos, também, em Portugal (justificada, ou não pela difícil conjuntura económica), a uma viragem do público para as áreas ditas das “medicinas alternativas” (prefiro o termo: “complementares”) e “terapêuticas não convencionais” (aquelas que partem de uma base filosófica diferente da medicina convencional e aplicam processos específicos de diagnóstico e terapêuticas próprias) e outras práticas, tal como o Reiki. Relembro que em Portugal, para efeitos da Lei n.º 45/2003 de 22 de Agosto (Lei do enquadramento base das terapêuticas não convencionais) apenas são consideradas como “terapêuticas não convencionais” as praticadas pela acupunctura, homeopatia, osteopatia, naturopatia, fitoterapia e quiropráxia.


*

No Reiki, o tocar e o ser tocado são experiências profundamente agradáveis e de profundo efeito curativo.

Portanto, adorado Amigo(a), seja ou não, através do Reiki, “toque” e permita ser “tocado”…porque você não consegue abraçar-se sozinho…

Em boa verdade, acredito que todos nós (mesmo aqueles que se encontram mais isolados e fechados para o Mundo), teem necessidade do contacto humano…e dos afetos…

E o “toque”, ainda que através de um simples mas maravilhoso abraço, tem o poder de aliviar, universalmente, os sinais de sofrimento…

"Em teu abraço eu abraço o que existe
a areia, o tempo, a árvore da chuva
E tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso vê-lo todo:
veio em tua vida todo o vivente."
 (Pablo Neruda)


Eu gosto (muito) de abraçar e de ser abraçada!

E você?

Sinta-se, afectuosamente, abraçado(a)!

Maria João Vitorino
15 janeiro 2012



sábado, 14 de janeiro de 2012

- As Mãos e a Cura - “A Cura pelo Toque do Rei” (séculos XIII – XVII) – Registo histórico




Nos séculos XIII a XVII existiu um tipo de tratamento  designado por  Cura pelo Toque do Rei”.

Esse tipo de tratamento mereceu atenção especial por parte das monarquias europeias, mas manteve-se relativamente afastado da explicação religiosa tradicional.

Havia, então, a crença na “Cura pelo “Toque do Rei”, uma prática que ocorria nos reinados europeus, quando as pessoas doentes se dirigiam ao monarca para serem tocados por este e curados.

Obviamente não se  pode asseverar a eficácia dos tratamentos daquela época, muito menos compará-los com os atuais, uma vez que temos  contextos históricos e culturais totalmente diferentes.

Gostaria, pois, Amigos, de partilhar convosco este registo histórico:

«A cura pelo toque real foi a primeira forma de tratamento conhecida no Ocidente em que se concedia uma pródiga indulgência oficial. Ela se popularizou por vários países Europeus e, segundo Faria (1979), foi iniciada na Inglaterra por Eduardo I, o Confessor, rei da Inglaterra da dinastia Plantageneta entre 1272 e 1307. Entretanto, o cerimonial completo só foi estabelecido no reinado de Henrique VII (1457-1509). Apenas nos anos posteriores à Revolução de 1688, foi que a cerimônia começou a declinar (THOMAS, 1991).

E assim se dava o procedimento de cura real:

« Num ofício religioso especial conduzido pelos membros mais importantes do clero anglicano, o monarca depunha suas mãos sobre cada membro da longa fila de sofredores. Os pacientes se aproximavam um a um e ajoelhavam-se perante o monarca, que os tocava levemente no rosto, enquanto um capelão lia em voz alta o versículo de são Marcos:

“Eles porão mãos sobre os doentes e eles se recuperarão”. A seguir retrocediam e avançavam de novo, para que o rei pudesse colocar em seus pescoços uma moeda de ouro pendurada numa faixa de seda branca (THOMAS, 1991, p.67)

A partir do século XIII, até meados do século XVII, por toda Inglaterra as autoridades paroquiais levantavam recursos para levar os doentes de escrófula – uma inflamação tuberculosa das glândulas da garganta, geralmente causada pela ingestão de leite estragado – para Londres, em busca da cura pelo toque do rei (THOMAS, 1991).


Dados da época apontam que Eduardo I tocou mais de mil doentes por ano no final do século XIII, Carlos II atendeu a mais de 90 mil doentes de 1660-4 e 1667-83. E em Maio de 1682 e Abril de 1683, atingiu o ápice de 8577 pacientes no Registro de Cura do Rei, o que representava quase metade da população (THOMAS, 1991).


Fazia-se grande defesa do valor terapêutico do toque real. O cirurgião Richard Wiseman declarou ter presenciado centenas de curas e afirmou que Carlos II curou, num único ano, mais doentes “do que todos os cirurgiões de Londres em uma vida inteira.” (THOMAS, 1991).


Na metade do século XVI, na Inglaterra, a expectativa de vida da população era baixa, as estatísticas mais otimistas situam a expectativa de vida em quarenta e cinco anos, enquanto que as mais pessimistas afirmam falam em vinte nove anos (THOMAS, 1991).


No entanto, mesmo os que escapavam das moléstias causadas por doenças e deficiência alimentares estavam condenados a uma vida de dores físicas intermitentes, pois as fontes literárias sugerem que muitas pessoas sofriam de um ou outro mal crônico.


Os ricos e os pobres eram igualmente vítimas das infecções provocadas pela falta de higiene, desconhecimento de anti-sépticos e falta de saneamento básico. No século XVII, as epidemias foram responsáveis por 30% das mortes em Londres. Havia surtos periódicos de gripe, tifo, disenteria e varíola (THOMAS, 1991, p.21):


No século XVI e início do século XVII, os médicos formados nas universidades recebiam um ensino puramente acadêmico sobre os princípios de fisiologia dos humores, tais como apresentados nas obras de Hipócrates, Aristóteles e Galeno.

Aprendiam que a doença surgia de um desequilíbrio entre quatro humores (o sangue, a fluegma, a bílis amarela e a bílis negra).


Os médicos do século XVII eram incapazes de diagnosticar ou tratar a maioria das doenças, sem falar que, como declarou o bispo Latimer, em 1552, a medicina “é um remédio preparado apenas para as pessoas mais ricas, e não para os pobres…” (TAVARES DE SOUSA, 1996, p.23).


Alguns reis atribuíam à propriedade curativa de suas pessoas, ao dom específico de Deus, ou à eficácia das palavras. O fato é que fosse o curador um rei, um membro do clero, ou um curandeiro popular, ter prestígio mostrava-se ser um dos elementos fundamentais para a eficácia de sua terapia (THOMAS, 1991).


Os racionalistas defendiam que as curas se deviam mais a influência da imaginação do que à virtude do toque, ou de alguma intervenção divina. Nessa época, o pensamento no cristianismo medieval era predominantemente mágico, uma vez que as pessoas acreditavam na sua capacidade de produzir efeitos físicos à distância por meio do uso de fórmulas mágicas, simpatias e amuletos (LEVACK, 1988).


A terapêutica mágica encontrava respaldo nas idéias médicas e filosóficas de Ibn Sina (980-1037), conhecido na cultura ocidental como Avicena, célebre filósofo e médico persa. Em suas obras, escritas no século X, ele defendia que a imaginação humana possuía poderes e força que capaz de atuar diretamente sobre o funcionamento corporal: “Pela palavra, pela vontade e pela persuasão – afirmava Avicena – muitos padecimentos podem ser curados.”(Avicena apud FARIA, 1979, p.5).


Com a invenção da imprensa pelo alemão, Johannes Guttenberg (1390-1468), se deu início ao desenvolvimento de uma nova tecnologia que teria um impacto social profundo nas décadas subsequentes.  Com a maior difusão dos livros e das idéias, surge o movimento de Reforma Protestante, que proclama a autonomia da consciência individual e postula um relacionamento direto entre o homem e Deus, removendo muitos intermediários religiosos que o catolicismo medieval havia estabelecido entre eles. Desenvolveu-se, assim, a idéia de que cada crente era um sacerdote que, pela leitura da Bíblia, poderia adquirir fé, por si só e obter a salvação (LEVACK, 1988).


A cura pelo “toque do rei” começa a entrar em decadência a partir de 1681, e vai sendo progressivamente abandonada. O enfraquecimento do absolutismo teocêntrico possibilitou a difusão de novas idéias e terapêuticas sugestivas que trouxeram à tona a “Magnetoterapia”, uma técnica de aplicação de metais para tratamento de doenças (BINET e FÉRÉ, 2008).



Fonte: Saúde, Poder e Cura: concepções sobre hipnose e a saúde coletiva. Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva. Leon Vasconcelos Lopes*


14 de janeiro de 2012
Sintam-se abraçados!
Maria João Vitorino



*https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:ZzjZUhBvZk8J:uol03.unifor.br/oul/conteudosite/%3FcdConteudo%3D1535850+Sa%C3%BAde,+Poder+e+Cura:+concep%C3%A7%C3%B5es+sobre+hipnose+e+a+sa%C3%BAde+coletiva.+Disserta%C3%A7%C3%A3o+de+Mestrado+em+Sa%C3%BAde+Coletiva.&hl=pt-PT&gl=pt&pid=bl&srcid=ADGEEShjWjN_4GCHVtP2gv64Vo4Jdz5xwzT-KY9n-tfQq1fJTXCb84Kli_KgCsqd0iinqpq7oQA2P5fKtXEjJpf5F-J8uuDLKtN8UwGdWiYtUA455k20_Kilax4PVQj2zicZejvR7vjS&sig=AHIEtbSsWq1EgytawRn3BxQKP1xPSF2B8g)



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

- O Reiki funciona e os seus efeitos fazem-se sentir, ainda que, o receptor possa estar a dormir, desfalecido, em coma, ou até mesmo quando não saiba, ou nunca tenha ouvido falar de Reiki



O Reiki é a própria VIDA, a energia universal, é a essência da vida…

O Reiki jamais provocará qualquer mal, pois é totalmente isento de efeitos colaterais ou contra-indicações e, na sua fluência e espontaneidade, ativa o seu potencial de autocura.

O Reiki pode ser aplicado em casa, na rua, nos Hospitais, nos Postos ou Centros de saúde, ou onde quer que se revele necessária a sua aplicação e dispensa aparelhos dispendiosos de diagnóstico e tratamento.

O Reiki não substitui a medicina convencional, que se recomenda, mas complementa-a.

O Reiki pode ser aplicado a qualquer momento, a doentes terminais, em coma, nos cuidados intensivos, em situações de emergência, entre muitas outras situações.

O Reiki pode ser aplicado em todos os seres vivos, animais ou plantas e quem é Reikiano, sabe, também, que pode – e deve - aplicar Reiki, a si próprio, em “auto-tratamento”.

O Reiki não é um «placebo» e você não precisa de ter fé para sentir e percepcionar os seus maravilhosos efeitos.

De facto, o Reiki funciona e os seus efeitos fazem-se sentir, ainda que, o receptor possa estar a dormir, desfalecido, em coma, ou até mesmo quando não saiba, ou nunca tenha ouvido falar de Reiki (vide página de partilha de vivências).

Aliás, se a “eficácia” do Reiki dependesse de qualquer processo psicológico de sugestão, ou fé na sua aplicação, não produziria efeitos nem nos animais, nem nas plantas…

E os resultados obtidos com aplicações em animais desmentem qualquer céptico.
Veja-se, exemplificativamente, a Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências, por Ricardo Monezi sobre a “Avaliação de efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos.” (vide: http://associacaoportuguesadereiki.com/reiki/images/stories/apresenta%E7%E3o-%20reiki%20fortaleza%20-%20ricardo%20monezi.pdf)

Aliás, quem tem animais domésticos em casa, certamente, já teve oportunidade de constatar como os mesmos se aproximam, teimosamente, de nós (“tocando-nos”) de cada vez que fazemos os nossos “auto-tratamentos” e ali se quedam “sorrindo” com o ar mais terno deste Mundo… J. E esse é um momento, de partilha, muito, muito, especial…

Partilho a minha casa com alguns gatos, sendo que, um deles é tão “esquivo” e anti-social que não estabelece “contacto com nenhum outro ser humano (normalmente, foge) a não ser comigo, que o trato e alimento.

E, devo dizer-vos, que quando me aproximo para lhe fazer Reiki, é extraordinariamente engraçado vê-lo deitar-se de barriga para cima, esperando ser “mimado” e ali fica placidamente, ronronando, rendido à fluência e cadência do Reiki. E não raras vezes, adormece, não revelando qualquer interesse por qualquer ruído que se manifeste à sua volta… :)

Os animais sabem quanto precisam de Reiki e portanto, se subitamente, o animal que está a tratar se levanta e sai de “fininho” é porque não necessita de receber, por ora, mais tempo de tratamento. Pelo que, bem vê, não deve insistir…

Relembro que o Reiki também pode ser aplicado aos animais em tratamentos à distância (técnica que se aprende no 2.º nível de Reiki).

Em qualquer caso e, também, quando aplicamos Reiki nos animais, devemos deixar-nos guiar pela intuição…J.

Reiki, é Reiki, nada mais…funciona através do toque das mãos, das nossas mãos e o único pré-requisito é que você tenha tido a devida iniciação em Reiki.

O Reiki é tão natural como respirar: isto é, funciona sozinho sem que haja necessidade de visualização ou qualquer outro tipo de controle mental ou manipulação.


O Reiki não se “liga”, nem se “desliga”… é energia e flui naturalmente…24 horas por dia… pelo resto da sua vida…

 “O Amor nunca falha, e a vida não falhará enquanto houver Amor.
Seja qual for sua crença, ou sua fé, busque primeiro o Amor.
Ele está aqui, existindo agora, neste momento.
O pior destino que um homem pode ter é viver e morrer sozinho, sem amar e sem ser amado.
O poder da vontade não transforma o homem.
O tempo não transforma o homem.
O Amor transforma. “
(Henry Drummond)


12 jan 2012

Sintam-se abraçados!
Maria João Vitorino

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